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Geral

09 de Abril de 2015

Seminário de Gestão Empresarial e Responsabilidade Social: cases baianos

O Seminário de Gestão Empresarial Estratégica e Responsabilidade Social realizado nesta quinta-feira (09) pelo SINDUSCON-BA e a ADEMI-BA levou a empresários e gestores, exemplos de atuação sustentável, responsabilidade social corporativa e conceitos sobre o assunto. O presidente da CBIC, Jose Carlos Martins, destacou que a Responsabilidade Social implica em uma visão que vai além do assistencialismo. E lembrou aos presentes que uma pesquisa recente em Responsabilidade Social Empresarial demonstrou que 59%% das empresas praticam RSE sem saber. O evento integra a série de 10 seminários regionais realizados no âmbito do Fórum de Ação Social e Cidadania (Fasc) da CBIC.
 
Segundo a presidente do Fasc, Ana Cláudia Gomes, as empresas do setor de construção precisam mudar de paradigma. “A gente tem a cultura de fazer para não aparecer, mas é importante divulgarmos nossas ações, não apenas para fortalecer as marcas de nossas empresas, mas para inspirar outras ações que contribuam para o desenvolvimento sustentável”, disse. A palestra magna, sobre Estratégia Empresarial e Responsabilidade Social na Indústria da Construção foi feita pelo professor João Paulo Vergueiro, presidente da Associação Brasileia de Captadores de Recursos, mestre pela FGV e com grande expertise no tema. Ele destacou que “A Responsabilidade Social Corporativa deve ser entendida como forma de gestão, deve gerar um impacto transformador, deve ser pensada como um negócio social, um investimento social privado”, disse.
 
Ângelo Simões, presidente da Kubo Engenharia, apresentou um case desenvolvido em parceria com a Gráfico Empreendimentos junto à comunidade Vila Celina, na divisa de Ilhéus e Buerema, na BA 251. Segundo ele, pensando inicialmente em uma ação que visava diminuir possíveis acidentes em razão de um projeto do Minha Casa Minha Vida que está sendo construído na vizinhança. “Após diagnóstico sobre a situação sócio econômica da comunidade foi desenvolvido um programa com 4 pilares: Educação para o Trânsito, Educação para o Trabalho (funcionários da obra e comunidade), Saúde mental do trabalhador (funcionários e comunidade), Atividades culturais e educativas (crianças e adolescentes) e cursos de geração de renda (mulheres). “Ainda em fase inicial percebemos o quanto está sendo importante para a comunidade. Queríamos diminuir os acidentes ao longo da obra e estamos levando uma perspectiva diferente para estas 41 famílias”, avaliou Simões.
 
Daniel Sampaio, responsável por Incorporação e Engenharia da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), levou ao público o case Oficina de Mosaicos, realizada junto à comunidade vizinha ao empreendimento HANGAR Business Park, após diagnóstico social realizado no entorno. Pensado a partir da visão da Organização Odebrecht de que sua atuação deve ter compromisso com o desenvolvimento sustentável, o projeto foi idealizado por três estagiárias que participaram de um programa de aculturamento da empresa e abraçado pela equipe da OR na Bahia.  A OR viabilizou para moradores da comunidade a capacitação na confecção de mosaicos a partir de resíduos de cerâmica gerados ao longo da construção. “A empresa optou por comprar os produtos e já aplica-los no próprio HANGAR, gerando uma opção de renda para a comunidade” destacou. Atualmente eles fornecem peças em mosaico para um empreendimento que será entregue em junho.  “Termino citando o fundador da Organização que dizia que não é dever exclusivo do poder público prover melhorias à sociedade. A iniciativa privada pode e deve implementar ações que contribuam para o desenvolvimento sustentável”, afirmou Sampaio.