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Notícias



Setor da Construção

11 de Abril de 2014

Representantes do mercado descartam risco de bolha

De tempos em tempos, o fantasma da bolha imobiliária americana, que originou uma das piores crises econômicas dos Estados Unidos, volta para atormentar o mercado brasileiro. Robert Shiller, Prêmio Nobel de Economia, que previu o colapso nos EUA, alertou para o risco de bolha no Brasil.

Para o economista, a alta nos valores dos imóveis em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo é um indício de que o país pode está vulnerável. No entanto, representantes do mercado imobiliário rejeitam a hipótese.

Presidente da Câmara Setorial da Indústria Imobiliária do Ceará, Paulo Angelim, explica que o sistema financeiro imobiliário do país é diferente de outros países.

Ele descarta completamente algum cenário que aponte o risco de bolha.

"Em primeiro lugar, não existe bolha. Bolha é quando existe potencial de insolvência, de desequilíbrio e quebra financeiros. Quando ela estoura, ficam os prejuízos irrecuperáveis, papéis podres, sem valor, irresgatáveis. No caso brasileiro, o sistema financeiro imobiliário não financia para quem não pode pagar, nem permite mais de uma hipoteca sobre o mesmo bem, a base da crise nos EUA", argumenta.

Na análise de Marcos Novaes, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), a questão de bolha no mercado, em uma primeira avaliação não pode ser confundida com super ofertas.

"O que aconteceu no Brasil nos últimos três anos? O ritmo de lançamentos de produtos e o ritmo de fornecimento de residências foram maiores que o consumo. Resultado, com a vasta variedade de produtos o cliente acaba tendo uma oportunidade maior de escolher os diversos perfis de empreendimento ofertados", pondera.