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14 de Maio de 2012

Porto no Sul da Bahia opõe turismo e exportação

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A construção de um megacomplexo portuário em Ilhéus, com investimento estimado em R$ 3,5 bilhões e 1,8 mil hectares de área total, traz esperança de redenção à cidade que há mais de duas décadas assiste ao desmoronamento da "civilização do cacau" e às tentativas fracassadas de recuperação econômica. Mas o projeto do Porto Sul da Bahia assusta uma parcela dos empresários e ambientalistas da região, que temem efeitos devastadores para o turismo e sobre um dos pedaços de mata atlântica mais preservados do litoral brasileiro.

O futuro do complexo, que tem a pretensão de transformar-se em ponto final da prometida Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e em estrutura de escoamento para a produção do interior da Bahia, está chegando a um momento decisivo. À frente do pedido de licenciamento, o governo estadual percebeu os riscos de um veto do Ibama ao local originalmente escolhido para abrigar o porto e tenta agora viabilizá-lo em um ponto a cerca de 10 Km do centro de Ilhéus, com expectativa de iniciar as obras até o final de 2012.

O porto planejado é do tipo "offshore", ou seja, tem cais avançado no mar e ligado à costa por uma ponte de acesso com mais de 3 Km. Ele está dividido em duas áreas: um terminal de uso privativo da Bahia Mineração (Bamin) e um porto público - candidato a inaugurar o novo sistema de concessões desenhado pela União. O governo baiano estima que as duas áreas movimentem cerca de 100 milhões de toneladas por ano, tornando-se um dos três maiores complexos portuários do Brasil.