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30 de Maio de 2011

Novos estádios reutilizam materiais

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Quem assistiu em agosto do ano passado à implosão do estádio da Fonte Nova, em Salvador, marco que entrará para a história da cidade com seus 462 anos de existência, não imaginava o destino que teriam os pedaços daquela monumental estrutura. No último dia 22, na cerimônia de beatificação da Irmã Dulce, freira baiana que dedicou a vida aos pobres, 2,5 mil pequenas pedras caprichosamente extraídas do entulho foram doadas às obras sociais da religiosa para venda como souvenir, a R$ 35 cada.
Ao representar um filão turístico a ser futuramente explorado pela operadora do novo estádio, a iniciativa demonstra no nível micro e social a rede de negócios em torno da reciclagem - atividade que integra o projeto de sustentabilidade das arenas para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No canteiro, o barulho intermitente do bate-estaca e o sobe-desce dos guindastes indicam uma corrida contra o tempo para inauguração, até o fim de dezembro de 2012. Hoje em fase de fundações, a obra gerou 77,5 mil toneladas de resíduos, principalmente entulho.
"A maior parte do concreto está sendo reaproveitada na própria construção, como base para a nova estrutura, e uma menor parcela foi encaminhada para obras viárias na cidade", revela Lino Cardoso, diretor da Fonte Nova Negócios e Participações, concessionária formada pela pelos grupos Odebrecht e OAS. Com investimento de R$ 591 milhões, 10% capital privado, a empresa é responsável pela demolição, construção e gestão do novo estádio por 35 anos. Por outro lado, o aço retirado da estrutura demolida, no total de 1,1 mil toneladas, foi vendido pela construtora a R$ 338 mil para reprocessamento como matéria-prima na fábrica da Gerdau. Resíduos estão sendo mapeados, prevendo detalhes contra o desperdício. (Matéria: Valor Econômico, 27.05.11)