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Geral

07 de Abril de 2015

James Correa deixa o governo e critica visão fiscalista da Secretaria da Fazenda

O secretário de Desenvolvimento Econômico, James Correa, entregou o cargo na última quarta-feira ao governador Rui Costa. James alegou que, após seis anos no governo, tem intenção de se dedicar às suas empresas, atuando inclusive no exterior, mas, em contato com o Bahia Econômica, o secretário deixou claro que discorda da posição que o governo do Estado vem tomando em relação à política de atração de empresas e criticou a visão excessivamente fiscalista da Secretaria da Fazenda. “Nesse momento de crise é fundamental atrair empresas para fortalecer a base econômica do Estado e isso só se faz com políticas de incentivos que não impactam a arrecadação no curto prazo, mas que são fundamentais para criar um ciclo virtuoso de crescimento.

O problema é que a secretaria da Fazenda fica discutindo indefinidamente se 1% a mais ou a menos na concessão de incentivos vai impactar ou não a arrecadação no futuro, enquanto os outros estados estão matando e morrendo para atrair empresas”, disse James.
 
Questionado se a velocidade no ritmo de decisões do governo teria pesado na sua decisão, James Correa afirmou que sua decisão foi pessoal, mas que, efetivamente, considera o ritmo de decisões no concernente à política estadual de atração de empresas, lento e criticou a visão excessivamente fiscalista dos órgãos envolvidos no processo. “Na verdade um conjunto de coisas está levando a minha saída, mas eu posso dizer que no atual quadro de crise da economia brasileira, os estados vão matar e morrer por novos investimentos e a Bahia que é hoje um exemplo de política vitoriosa de atração de empresas não pode ficar discutindo por longo tempo se vai dar ou não 1% de isenção de um imposto que só vai impactar no futuro”, afirmou o secretário. James fez questão de reiterar que sua decisão é pessoal, que não está cogitando outro cargo no governo federal  ou estadual e que, como empresário, precisa cuidar dos negócios, afirmando que continuará a debater as questões da política industrial.