Faça o login e acesse o conteúdo restrito.

Notícias



Economia


06 de Junho de 2011

Fazenda admite aperfeiçoar fonte alternativa para crédito imobiliário

20210315011211_604ea65b9ef04.jpg

Mesmo excluindo-se os "truques e penduricalhos" que permitem aos bancos cumprir o direcionamento obrigatório de 65% dos depósitos da poupança ao crédito imobiliário, o sistema financeiro aproxima-se da superaplicação. Segundo o secretário-adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, tirando da conta da exigibilidade itens como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) comprados pelas instituições no mercado, o setor já aplica em crédito imobiliário 62% dos recursos da caderneta.
"A margem é só de três pontos percentuais, isso acende a luz amarela de que o Brasil precisa rediscutir o modelo", disse o representante do governo, ao participar do seminário "Ampliando o funding para o mercado imobiliário", promovido pela Abecip, em São Paulo. Oliveira afirmou que o estoque atual de crédito imobiliário representa 5,02% do PIB, e que o país ultrapassou, por exemplo, a proporção do Uruguai.
Na mesa, ele afirmou que está em discussão a criação de um título similar ao "covered bond" europeu, espécie de "CDB imobiliário", que, se seguir o modelo internacional, difere dos instrumentos à mão até aqui pelas garantia que oferece ao investidor. Diferentemente da securitização, os papéis continuam no balanço dos bancos e, em caso de falência do emissor, é assegurada a transferência dos ativos aos aplicadores, que passam a ter preferência em relação a outros credores, incluindo tributários e trabalhistas. "Não há preconceito ou uma posição formada sobre nenhuma das alternativas em debate. Mas esse não é um tema trivial. Não é o momento para definição", sinalizou. (Matéria: Valor Econômico, 03.06.11)