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Setor da Construção
14 de Abril de 2014
Estudo defende que Brasil não vive bolha imobiliária
A valorização dos imóveis nas principais regiões metropolitanas do Brasil, nos últimos anos, acendeu o alerta do mercado quanto a especulações nos preços.
No entanto, um estudo do Núcleo de Real Estate da Poli-USP mostra que a alta também foi puxada pela forte escalada nos custos dos empreendimentos.
Descontada a inflação do setor, a aceleração de preços teve um pico em 2011, para então fechar 2013 no mesmo ritmo de valorização de 2005.
Elaborado pelo professor João da Rocha Lima Jr., a pesquisa aponta que o mercado imobiliário viveu duas fases de alta.
A primeira, que durou do segundo semestre de 2007 até o primeiro de 2011, tinha um caráter mais especulativo, porque os preços subiam acima da evolução dos custos.
Desde então, o movimento desacelerou, mais condizente com o encarecimento dos custos, sobretudo dos terrenos. Segundo ele, esse raciocínio desmentiria a tese de que o país vive uma bolha imobiliária.
“É mais uma onda do que uma grande bolha especulativa. Teve um pouco de especulação? Teve. Mas isso não configura uma bolha perversa como a americana”, diz. Para ele, Carnaval em março, Copa do Mundo em junho e julho e até mesmo as eleições tornam 2014 um ano atípico.
Diante desse cenário, a expectativa é de estabilidade nas vendas.