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Mercado

29 de Setembro de 2014

Crédito ao setor deve chegar a 9,3% do PIB neste ano

Seja qual for a métrica utilizada, é inegável que na última década houve uma revolução no mercado imobiliário brasileiro e, por tabela, na concessão de crédito para pessoas físicas, construtoras e incorporadoras.

Os principais bancos com atuação no setor estimam que em dezembro a carteira representará 9,3% do PIB, com crescimento de 15% a 20% em relação a 2013. Em 2007, esse bolo equivalia a 1,8% do PIB.

Ou, em números absolutos, de R$ 2,2 bilhões, onze anos atrás, para os esperados 140 bilhões neste ano, de acordo com os números da Associação Brasileiras das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.

Quando se olha apenas os empréstimos a pessoas físicas, o ritmo foi igualmente impressionante: entre 2010 e 2013, o total de crédito concedido passou de R$ 33 bilhões para R$ 77 bilhões.

O total de imóveis negociados via financiamento de 36,5 mil unidades, em 2003, para 530 mil, no ano passado, incluídas as moradias do Minha Casa, Minha Vida.
 
No 1º semestre, contudo, houve um recuo nos lançamentos imobiliários.

Entre os profissionais que comandam as áreas de crédito de bancos grandes e médios, o mais "pessimista" fala em crescimento na casa de dois dígitos ao longo de 2014.

As projeções indicam a manutenção da trajetória de crescimento acelerado em 2015, diante do histórico déficit habitacional no país, calculado em cerca de 5 milhões de residências.

Segundo esses bancos, o saldo da poupança segue firme, garantindo dinheiro para atender a demanda por crédito, a inadimplência está controlada, na casa de 1,7%, e a alta recente da Selic não teve efeito relevante no custo.

"Em 2019, chegaremos a 12,2% do PIB, o que representará um crescimento significativo porque agora a base é muito maior", diz Cláudio Borges, diretor de crédito imobiliário do Bradesco, que festeja o crescimento de 45% da carteira neste ano.

Principal player com 67% de participação, a Caixa Econômica estima que o 2º semestre será mais aquecido, pois, nos últimos anos, cerca de 60% dos empréstimos são contratados a partir de julho.

"O desempenho até aqui está dentro do planejado desde o final do ano passado, quando já prevíamos crescer entre 10% e 20%", diz José Urbano Duarte, vice-presidente de crédito imobiliário da CEF.

Os empréstimos contratados na CEF, entre janeiro e dezembro, provavelmente totalizarão R$ 140 bilhões, volume próximo do verificado em 2013, de cerca de R$ 130 bilhões.