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07 de Maio de 2012
Com estoques altos, indústria deve adiar a retomada da produção
Em abril, um terço dos 31 ramos industriais mais importantes estava com estoques excessivos, revela a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dos dez setores, que incluem desde carros e confecções até materiais de construção, seis deles estavam superestocados em setembro de 2011 e continuavam com volume excessivo de produtos no mês passado.
Nem mesmo as decisões tomadas pelo governo para acelerar a economia - como o corte nos juros básicos em 3,5 pontos desde julho de 2011, a reversão das medidas macroprudenciais no fim do ano passado e a tentativa de desobstruir o crédito aumentando a oferta de financiamento mais barato nos bancos oficiais - surtiram efeito até agora para impulsionar a atividade, observa o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges.
No mês passado, quase 70% dos fabricantes de resinas, produto intermediário usado por outras indústrias e que funciona como termômetro de vários setores, tinham estoques excessivos, aponta a FGV. A pesquisa ouviu 1.114 empresas da indústria de transformação como um todo. Os estoques também pesam no segmento de materiais de construção. O setor acumula volumes indesejados de vários produtos.