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10 de Abril de 2014

Caixa Econômica estima que déficit habitacional deve ser zerado em 2024

Com o crescente volume de contratação de empréstimo para contratação imobiliária, a Caixa Econômica Federal estima que o Brasil tem a possibilidade real de zerar o déficit habitacional no prazo de dez anos. A avaliação é do gerente de desenvolvimento urbano e rural da Caixa, em São Paulo, Luiz Guilherme de Matos Zigmantas, que participou do seminário Impactos da Norma de Desempenho.

"Essa toada de produção do Minha Casa Minha Vida, programa que já completou cinco anos, nos permite ousar dizer que em 2024 poderemos acabar com o déficit habitacional", afirma Zigmantas.

Dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sinalizam queda no déficit habitacional no Brasil, em termos absolutos, 6,2% entre 2007 e 2012. Em termos relativos -- cálculo que considera a proporção do déficit em relação ao total de domicílios existentes -, a queda foi maior, chegando a 14,7%.

Para Zigmantas, os dados significam que o país, que registrava déficit de 5,59 milhões de habitações em 2007, viu esse número cair para 5,24 milhões de unidades.

"Isso quer dizer que, pela primeira vez, a produção de unidades foi maior, inclusive, do que o crescimento vegetativo da população", afirma.

Segundo ele, que se impõe agora é impedir que o padrão de qualidade das habitações de um passo atrás. "A Norma de Desempenho é um marco. Ela impede que o padrão de habitação alcançado atualmente regrida. Além disso, também vai possibilitar um salto de qualidade na questão do urbanismo. A partir de agora, poderemos pensar em bairros planejados dentro do Minha Casa Minha Vida", completa.

Conforme Zigmantas, a Caixa vive um momento de transição em relação à Norma de Desempenho.

Hoje, o construtor que busca financiamento no banco se compromete a aplicar a NBR 15575 em seu empreendimento imobiliário.

"Acrescentamos uma cláusula em separado no contrato de financiamento da Caixa, em que o construtor se compromete a atender a norma. Gradualmente, a Caixa vai aumentar o nível de conferência e fiscalização da norma. Diria que o momento é de transição", analisa