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19 de Setembro de 2014
O ajuste prolongado do mercado imobiliário
O mercado imobiliário alcançou notável avanço, nos últimos anos, graças à demanda por áreas edificáveis, à multiplicação do número de construtoras e do volume produzido e ao surgimento de milhões de mutuários potenciais, interessados nas moradias destinadas tanto aos estratos sociais mais baixos como à classe média.
É natural, pois, que numa fase de declínio da atividade econômica o setor tenha de rever seus parâmetros de atuação, buscando equilíbrio em patamares operacionais mais baixos.
Não há, a rigor, desinteresse dos compradores pela aquisição da moradia ou pela mudança para uma unidade mais adequada às necessidades familiares, mas uma atitude de cautela, até que se conheçam os novos governantes e a política econômica que vigorará a partir de 2015.
Não é diferente a postura das construtoras e incorporadoras, muitas das quais estão com estoques acima do desejável e fazem promoções de venda para não incorrer em custos elevados - financeiros, tributários e condominiais.
Entre os ingredientes básicos do mercado imobiliário estão o crédito e a existência de déficit de habitação. Mas seu desenvolvimento requer também oferta adequada e confiança no futuro.