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Notícias



Política

15 de Dezembro de 2017

Governo avalia ceder mais para votar Nova Previdência

 
Após ver frustradas as tentativas de conseguir votos em troca de liberação de cargos e dinheiro, o governo decidiu flexibilizar ainda mais a proposta de reforma da Previdência e adiar a votação para 19 de fevereiro de 2018.
 
O que estava previsto para a semana que vem ficou para depois do Carnaval, menos de oito meses antes das eleições. A discussão começa um pouco antes, no dia 5 de fevereiro. Até lá, o governo espera que sua propaganda surta efeito e crie um ambiente mais favorável à reforma.
 
O Planalto já começou a produzir novas campanhas publicitárias e o presidente Michel Temer deve dar entrevistas para programas de TV.
 
"O ideal era que fosse votado agora, mas o tempo vai nos ajudar a esclarecer [a reforma]. O frustrante é perder. Não temos os votos hoje. De agora a fevereiro, continuaremos trabalhando", disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
 
O adiamento já havia sido divulgado na quarta (13) pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
 
Maia assumiu a condução de um acordo com os servidores, principais fontes de pressão sobre o governo. Costura uma regra de transição mais benéfica para quem ingressou no funcionalismo público antes de 2003.
 
Pela última proposta, esses servidores teriam que esperar até os 65 anos (no caso de mulheres, até 62 anos) para ter direito à integralidade do benefício e paridade (reajuste igual ao de servidores da ativa).
 
A expectativa é conquistar ao menos dez votos a favor da reforma com esta medida.