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Mercado

24 de Setembro de 2014

Financiamento de alto padrão cresce 20,4% segundo Anbima

Os milionários compram tudo à vista, sem precisar recorrer a financiamentos, certo? Nem sempre. Pelo menos, quando o objeto de desejo é um imóvel.

Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram um crescimento de 20,4% do crédito imobiliário no primeiro semestre deste ano dentro do private bank, onde, na maioria das instituições, os clientes menos abastados têm, pelo menos, R$ 3 milhões em patrimônio financeiro.
 
Em 12 meses até junho, a demanda por financiamento de imóveis avançou em média 38% entre os clientes do segmento. Mas não é porque a vida tenha ficado mais difícil para os mais ricos, trata-se de uma opção de liquidez.

A compra do imóvel à vista reduz a disponibilidade do dinheiro no curto prazo e, consequentemente, a capacidade de o cliente private aproveitar eventuais oportunidades de negócio.
 
Segundo especialistas, com a taxa básica de juros Selic em 11% ao ano, "se torna interessante ao cliente tomar crédito imobiliário, em lugar de resgatar recursos aplicados". Essa vantagem ocorre porque as taxas dos empréstimos do gênero aos integrantes do segmento estão abaixo do custo de oportunidade representado pela Selic. "Como esse é um cliente com alto patrimônio, que tem R$ 10 milhões, R$ 20 milhões com o banco, ele consegue uma taxa de financiamento bastante competitiva”.
 
Os prazos para o financiamento imobiliário no segmento private se situam entre 18 meses e 30 anos. E os valores dependem da análise de crédito dos clientes.

O Santander tem parcelado residências com preço médio de R$ 7 milhões. No BB, grande parte do crédito tem sido usado para adquirir propriedades de até R$ 5 milhões.

Na percepção dos especialistas, a maior parte do crédito tem sido usada para a aquisição de imóveis residenciais. Existem ainda outros perfis de tomadores dentro do private. Um desses é o cliente que tem grande fluxo de caixa, mas patrimônio ainda em formação.