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Mercado

18 de Dezembro de 2017

CBIC trabalha agenda para 2018

O balanço 2017 da construção civil e do mercado imobiliário foi divulgado nesta semana e atestou o quadro verificado ao longo dos últimos meses pelo setor: retração econômica e aumento do desemprego e informalidade. Com uma queda de 6%, este é o quarto ano consecutivo em que o desempenho da indústria é negativo. O número de empregos formais também encerra o ano 5% menor, com a redução de 105 mil vagas. Tal cenário causará um impacto negativo de, no mínimo, 0,5% na economia brasileira em 2017. O balanço foi anunciado na última segunda-feira (11) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que representa 85 entidades e mais de 40 mil pequenas e médias empresas em todas as 27 unidades da Federação – todas afetadas por esse contexto de recessão.
 
Desde o início da crise em 2014, a indústria da construção já encolheu 22% e mais de um milhão de postos de trabalho foram extintos. “Em 2013, a cadeia produtiva da construção [dentro da qual a indústria construtiva representa 66,2%] tinha uma participação de 10,5% em um Produto Interno Bruto (PIB) maior. Hoje estamos com 7,3% em um PIB menor, porque ele caiu. Ou seja, é um decréscimo violento na atividade”, declarou o presidente da CBIC, José Carlos Martins. O dirigente ressalvou ainda que, caso o setor não tivesse apresentado melhoras, o impacto da retração da indústria na economia poderia ter sido muito maior em 2017.
 
Embora com resultados positivos em relação a 2016, ainda não é possível constatar uma recuperação sólida da construção e do mercado imobiliário. No entanto, a CBIC tem a expectativa de que, para 2018, a indústria continue avançando e reconquiste um crescimento positivo, que pode chegar a 2%, desde que o Governo adote algumas
disposições em prol do setor. “Temos defendido três pontos e alguns projetos que consideramos básicos”, comentou Martins, que levou ao presidente da República, a ministros e deputados – em uma Coalizão pela Construção, no início de dezembro – a agenda da cadeia produtiva com uma série de medidas que visam o crescimento sustentável do
País.
 
Com o diagnóstico da doença que afeta a indústria da construção mais uma vez aferido, é hora de lutar pelas soluções que atendam aos anseios do setor. “Não há um remédio adequado que tenha servido nos últimos tempos”, afirmou o presidente da CBIC. Para o momento atual, os três principais pontos defendidos pela Coalizão junto ao Executivo e ao Legislativo são: o restabelecimento do crédito, a melhoria no ambiente de negócios e o investimento em infraestrutura. Clique aqui para acessar a matéria na íntegra.